Conhecidos pela sua riqueza em vitaminas e sais minerais, os legumes representam uma batalha para os pais que desejam introduzir estes alimentos na dieta infantil. O que pode ser feito para facilitar esta tarefa? Tome nota dos nossos conselhos…
Muito se tem falado, nos últimos anos, sobre a importância do consumo de hortofrutícolas, não só pela riqueza em antioxidantes mas também pela capacidade de reduzir da dieta, a ingestão de alimentos menos saudáveis, estes sim na origem do desenvolvimento de várias doenças. Por isso é importante, logo desde o início da alimentação do bebé, implementar hábitos alimentares saudáveis, onde será mais fácil o seu enraizamento e mais prolongado será o efeito na qualidade de vida do indivíduo.
Mas como fazer para convencer as crianças a consumir legumes que, mesmo coloridos, não lhes aguçam a curiosidade? Na verdade, este processo de recusa representa um mecanismo de defesa, apreendido ao longo da evolução do Homem que aprendeu a colectar as plantas comestíveis e a
cozinhá-las para que se tornassem, não só mais saborosas, mas também mais fáceis de digerir. E este aspecto é, sem dúvida, uma das principais causas de sucesso para convencer as crianças:
tornar os vegetais saborosos e atractivos.
Durante a gravidez, através da placenta, e durante a amamentação, a criança é exposta à alimentação que a mãe realizou. No entanto, quando a diversificação alimentar tem lugar e a criança se torna mais selectiva, outros sabores se evidenciam deixando para trás os sabores desinteressantes que os legumes oferecem. Os pais, pressionados pela selectividade que a criança apresenta, por volta dos 2 anos, limitam os legumes à sua apresentação mais prática: a sopa. E se este alimento não adquire, ao longo do tempo, uma postura atractiva, então em poucos anos fica o "caldo entornado": a criança totalmente adaptada à alimentação adulta consegue persuadir os adultos que o seu consumo já não é relevante! Para o bem de todas as crianças mas também para o bem da restante família, é da maior importância que a mãe seja dinâmica, ofereça legumes de forma atractiva e…que também dê o exemplo! Cada dia. E aqui estão outros factores de sucesso:
a forma de apresentação, a variedade regular e a frequência com que os legumes são oferecidos.
Portanto, simplificando, é apenas importante que adquira os legumes e os prepare, tornando-os saborosos, preservando ao máximo as suas propriedades benéficas, com o menor esforço possível e a segurança máxima. Veja como:
Compre os legumes em quantidade reduzida. Estes alimentos são facilmente perecíveis e quando armazenados no frigorífico perdem sabor…e vitaminas! E ficam sujeitos a grandes e monótonos preparados, nada aconselhado. Prefira-os bem frescos, ou então ultra-congelados, cuja qualidade por vezes é superior.
Ao
preparar os legumes, apenas no caso de consumir crus, e com casca, é que deve desinfectá-los previamente. Para tal, utilize produtos próprios para o efeito, na dose recomendada. Lave em água corrente e depois de cortados, não os deixe de molho. Se não forem de origem biológica ou integrada, remova a casca.
A
confecção: pouca gordura, pouco sal, pouco tempo. O método culinário que utilizar condicionará o tempo de preparação, que deve apenas prolongar até os legumes estarem tenros. Cozinhe tapado para elevar a temperatura e eliminar bactérias presentes. Incorpore os legumes, em pequena quantidade, nos preparados culinários que realiza: assados, estufados, no arroz ou nas massas, permitindo mil ideias! É este o segredo dos mais pequenos! Sabores individualizados em cada preparação!
E na certeza que conseguirá inverter as preferências alimentares dos mais pequenos, lembre-se: quanto mais cedo iniciar este processo, mais cedo terá resultados. Para as crianças mais resistentes, as estratégias são ainda mais interessantes: envolvê-los na preparação culinária, contar-lhes histórias sobre os alimentos, ensinar-lhes que "a cenoura faz bem aos olhos"… brincar com eles, estimular o convívio social na hora da refeição, é imprescindível! Não desanime se a criança, num dia, não comer os legumes que preparou. Estará de qualquer modo a ingerir parte dos seus benefícios que ficaram na água do preparado culinário mas também a estimular as suas papilas gustativas. É apenas uma questão de tempo. E de exemplo.
Lembre-se: o aumento da ingestão de vitaminas, sais minerais e fibra na alimentação familiar, não é um processo insípido…é apenas uma questão de estratégia.
Projecto babySol® - Segurança Alimentar e Nutrição Infantil
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