Levantamento em 58 concelhos mostra que há mais municípios a aproveitar as escolas para garantirem que as crianças comem pelo menos uma refeição quente.
O "Público" escreve hoje que "não há nenhuma entidade no país - nem a Associação nacional de Municípios Portugueses nem o Ministério da Educação e Ciência - que saiba ao certo quantos meninos se alimentam nas escolas durante as férias. o ministério informa que "a decisão de abrir cantinas escolares durante o período de Natal é das autarquias". E a associação dos municípios faz saber que este tipo de levantamentos nunca é rigoroso, por isso não o faz. O "Público" procurou saber até que ponto a realidade das férias se vive nos refeitórios abertos traduz um agravamento da situação social das crianças e o critério foi este: começar por contactar as camâras municipais dos 25 concelhos com mais população e as dos 25 com menos população. A todos se pediram números mas nem todos os forneceram. Além disso, analizaram-se notícias que davam conta da preparação de programas para as pausas lectivas em alguns municípios, que não faziam parte da lista inicial de câmara a contactar. A amostra final ficou em 58 concelhos e o jornal descobriu que neste Natal, só nos concelhos que responderam, mais de 33 mil crianças alimentam-se diariamente na escola".
Segundo o jornal, "os pais trabalham, não têm onde deixar os filhos nas férias e, por isso, cada vez mais escolas públicas disponibilizam atividades que ocupem os meninos. Mas, para muitas autarquias, os programas de ATL em tempo de Natal são encarados como uma "forma encapotada" de garantir almoço "a um conjunto razoável de crianças" que não o teria de outra forma. Alguns meninos só vão à escola nas férias para comerem nos refeitórios e alguns levam os irmãos".