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Realidade virtual para ajudar crianças autistas
11-11-2011
Jornal da Madeira
  O projecto, em que colaboram elementos da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), da Faculdade de Medicina e da Unidade de Neurodesenvolvimento e Autismo do Hospital Pediátrico de Coimbra, bem como da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, já foi objeto de testes relativamente ao conceito.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a apostar na realidade virtual para ajudar crianças com autismo, criando ambientes virtuais dinâmicos que estimulem o seu desenvolvimento social.

De acordo com o comunicado da UC, citado pelo site Tek Sapo, "a plataforma tecnológica é composta por um jogo de computador, um capacete de realidade aumentada ou óculos 3D e sensores EEG, que medem a atividade cerebral. O comportamento das crianças durante o jogo é registado e os dados enviados para um módulo online".

Este conjunto de ambientes virtuais destinam-se a ensinar competências sociais, como cumprimentar, sorrir, identificar expressões faciais e repeti-las.

O jogo de computador tem, por isso, um objectivo pedagógico e de reabilitação: para evoluir nos níveis, a criança tem de desempenhar uma série de mecanismos de interação social, acabando por interioriza-los e transpô-los para o dia-a-dia, esperam os especialistas.

O objectivo é que estas ferramentas venham a permitir aos médicos não só fazer o diagnóstico e prescrever a terapia, mas também monitorizar o doente à distância e registar a sua evolução.

"Uma das grandes limitações dos sujeitos com autismo é a capacidade de interação social, o objetivo é que a criança possa, no conforto do lar e num ambiente que não lhe é hostil, realizar os exercícios e remotamente fornecer informação para o clínico que o acompanha", explica Marco Simões, investigador do Departamento de Engenharia Informática (DEI), envolvido no projeto.

A grande novidade consiste na utilização da realidade virtual como ferramenta de treino de competências sociais no autismo, acompanhada da monitorização neurofisiológica.

"No jogo a criança interage com pessoas virtuais para, no futuro, interagir com pessoas reais. Desenvolvendo aplicações com tecnologias cada vez mais presentes na vida das pessoas e nas suas casas, é relativamente fácil o seu uso e, consequentemente, a sua comercialização. Os próprios pais podem participar (ainda mais) ativamente na educação dos filhos", defende o investigador, citado na nota de imprensa. Os investigadores procuram agora criar um design mais apelativo e explorar novas tecnologias de interacção naturais, isto é, mais fácil de usar pelas crianças com autismo, avança ainda UC.


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