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Menos Urgências para crianças
21-04-2011
Correio da Manhã
  Fraca afluência de menores e falta de pediatras para assegurarem o serviço na origem da medida que será analisada por médicos e gestores.

Alguns hospitais da Grande Lisboa – Dona Estefânia, Santa Maria, Amadora-Sintra, São Francisco Xavier e Garcia de Orta – poderão vir a encerrar em breve as Urgências Pediátricas devido à falta de pediatras que assegurem o serviço. O fecho das Urgências, sobretudo no período nocturno, é uma das medidas a analisar na próxima semana, numa reunião entre médicos e gestores hospitalares.

A necessidade de reorganizar as Urgências Pediátricas de Lisboa e Vale do Tejo levou à criação de um grupo de trabalho que avalia as necessidades das unidades, preparando um programa para implementar antes do Verão, quando a carência de médicos mais se faz sentir.

Com esta reorganização, as Urgências ficam concentradas num único hospital, que recebe os doentes e os médicos das outras unidades, situação já habitual no Norte do País.

Cordeiro Ferreira, coordenador do grupo de trabalho, afirmou ao CM que "há necessidade de racionalizar as Urgências". Para isso, adianta, é preciso a colaboração "dos profissionais e a vontade de quem gere as unidades".

O fecho das Urgências Pediátricas no período nocturno é uma possibilidade justificada com a fraca afluência de crianças doentes durante a noite, menos de 40 no Dona Estefânia.

Assegurar o funcionamento das Urgências chega a ser muito difícil porque, segundo Cordeiro Ferreira, "é desproporcionado o número de médicos e de utentes. É excessivo o número de utentes e em muitos casos não é justificada a ida à Urgência".

Cordeiro Ferreira salienta que o "número de internamentos pelas Urgências nos hospitais centrais é de seis por cento", o que significa que estão mesmo doentes.

Concentrar as Urgências Pediátricas num único hospital ou reforçar as equipas de profissionais nesses serviços são as principais medidas em estudo. No entanto, há outras soluções, segundo Cordeiro Ferreira, "que estão a ser avaliadas e podem ser implementadas".

MINISTÉRIO DESCONHECE FALTA DE MATERIAL

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu ontem no Parlamento que a tutela desconhece a falta de materiais nos hospitais públicos. "Que o Ministério da Saúde tenha conhecimento, não há nenhum pedido de fraldas, leite ou outro tipo de materiais nos hospitais públicos", afirmou Manuel Pizarro, acrescentando que a única queixa conhecida é referida à falta de um medicamento específico no Hospital de Cascais. Porém, um dos casos apontados pelos partidos da oposição é o da Maternidade Alfredo da Costa, que pediu donativos.


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