Nos últimos anos, tem havido vários estudos sobre os efeitos nocivos dos telemóveis na saúde das crianças. Os tecidos infantis absorbem mais energia eletromagnética porque os ossos cranianos são mais delgados e o cérebro ainda está em desenvolvimento. Apesar dos perigos, muitos pais compram telemóveis ao filhos para poderem comunicar a qualquer momento.
Um estudo britânico recente concluiu que o telemóvel faz parte, cada vez mais, do quotidiano das famílias no Reino Unido.
"Até crianças de cinco anos quando estão a brincar, já olham para os telemóveis das outras para ver quem tem o melhor ou o último modelo ou a melhor interface para as aplicações. Entre as crianças, o telemóvel tornou-se um critério para saber quem é a melhor do grupo", afirma Ernest Doku, um dos responsáveis do sítio na Internet Uswitch, responsável pelo estudo.
Recentemente, o designer britânico Tom Sunderland desenhou dois modelos de telemóvel para crianças. Os aparelhos não eliminam totalmente o problema da radiação mas reduzem as funcionalidades do telemóvel ao essencial.
"Os dois aparelhos só fazem chamadas de voz. Não têm écrã, nem um teclado tradicional. Por exemplo, não é possível aceder à Internet nem escrever um sms, o que elimina os problemas de acesso a conteúdos inapropriados. O telefone só faz chamadas", explicou o designer do aparelho, Tom Sunderland.
Os especialistas recomendam, no entanto, que o uso de telemóveis por crianças seja reduzido ao mínimo. Ao rol dos perigos conhecidos, estudos recentes indicam a possibilidade de ocorrer uma alteração do ADN celular durante a fase de crescimento da criança.