Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade destinado a leitura autónoma e/ou com apoio a leitura com apoio dos professores ou dos pais.
Diferente, mas contente, Flu é a heroína desta estória mágica. A sua curiosidade infinita leva-a a querer tocar nas Cores do Arco-Íris.
Na capa, a genialidade do título e a frescura da colorida ilustração cativa-nos e desafia-nos a abrir, folhear e lêr as aventuras que ali se escondem. Afinal, o que significará esta nova palavra? Poderemos também nós, leitores, "Barbatanar nas cores do Arco-Íris"? Qual será a cor da Amizade? E do Amor? Mas a Flu não barbatana sozinha, todas as personagens que a rodeiam têm a sua função, ora guiando-a pelos cantos e recantos daquelas águas, ora acompanhando-a nas suas barbatanagens.
À medida que explora e explica o ambiente dos rios e dos seus pequenos habitantes, o autor procura fazer emergir uma panóplia de valores, como a Amizade, a Tolerância pela Diferença, o Respeito pela Natureza, tão esquecidos pelo Homem, mas essenciais, mesmo à vida de um peixinho. E é então no desaguar das águas desta estória que encontramos o lago dos sonhos por concretizar.
Desrição do Autor:
Nome: Carlos Canhoto.
Sou alentejano, de Pavia, onde nasci a 26 de Maio de 1961.
A minha mãe trabalhava na Escola Primária e o meu pai era ferroviário; tenho um irmão.
Passei as tardes da meninice com a minha avó Felicidade. No inverno brincava à batalha naval, na poça do "Curral Concelho", com barcos de folha de piteira.
Na primavera, de dia corria atrás dos pássaros à procura dos ninhos, e de noite, espreitava as bogas que, ao luar, subiam os ribeiros para a desova. No pino do verão fingia dormir sestas, adivinhando nos sussurros que chegavam da cozinha, os segredos que as mulheres trocavam, tecendo a harmonia possível, num lugar onde a "Tiborna" era um manjar dos deuses, e os "Rabos de bacalhau" uma iguaria.
Mais crescido, o meu pai levou-me à pesca e ensinou-me a esperar, a acreditar que nem sempre tudo depende só de nós. A minha mãe deu-me a sua omnipresença e a alegria do querer partilhar o pouco, sendo isso já o muito. Em momentos extraordinários, redescobri a minha terra nas páginas do "O trigo e o joio" e nas mulheres do "Pavia" e, com eles, a vontade de escrever.
Com a revolução veio o impossível, e embarquei nos sonhos; primeiro nos campos de reforma agrária, depois nas montanhas da Nicarágua.
Sou casado, tenho dois filhos, vivo entre sobreiros e oliveiras, que a minha mulher primorosamente pinta, tenho dois cães, um gato, um galo que me acorda todas as manhãs e uma horta com muitas árvores, que eu mesmo plantei e trato. Trabalho na Casa da Cultura de Mora. Orgulho-me de ter muitos amigos, um carreiro deles. Tenho tudo o que preciso… Para ser feliz sobra-me o desassossego de saber que "este mundo é um inferno" como diz o Saramago.
Das escritas: em Novembro de 05 a editora &quoTApenas Livros" publicou-me um pequeno livro de contos "O homem a quem tiraram a idade", um ano depois recebi o prémio de literatura Maria Roça Colaço (Almada), com o conto "O monte secou", que sairá em Março, e em Dezembro 06 saiu o Barbatanar…