O período epidémico da actividade gripal já começou, com o pico a ser registado na semana de 14 a 20 de Janeiro, com uma incidência de 59,8 casos por 100 mil habitantes.
A subdirectora-geral de Saúde afirmou ontem que o número de casos deverá subir nas próximas"duas ou três semanas", registando-se já um aumento na afluência aos centros de saúde e urgências hospitalares.
Graça Freitas confirmou que, este ano, a incidência do vírus está mais virada para crianças com idade inferior a 14 anos. No entanto, não há motivos para alarmes, pois a estirpe em circulação está contemplada na vacina.
Ao Destak, a responsável explicou que"os vírus da gripe mudam todos os anos e à medida que as pessoas crescem ganham resistência, logo é normal que sejam as crianças as mais afectadas. No entanto, este vírus é benigno e só tem atingido as crianças com menos de 14 anos, pois se fosse mais maligno os idosos e adultos também eram contagiados, o que não se tem verificado".
Plano contra pandemia
Apesar de não existirem sinais da gripe das aves, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) continua a preparar-se para uma eventual pandemia, pelo que ontem apresentou a mais recente versão do plano de contingência a aplicar caso o vírus surja.
Uma das novidades, que leva o plano traçado a estar"mais completo do que nunca", passa por um programa informático - já testado com sucesso - que vai impedir a duplicação de receitas.
Além disso, os hospitais e os centros de saúde têm agora orientações técnicas precisas para aplicar. O único problema identificado pela DGS é que"a opinião pública deixou de estar mobilizada".
22 MIL URGÊNCIAS - Ao que o Destak apurou, quarta-feira os centros de saúde e os hospitais registaram entre 22 a 23 mil urgências, um número superior ao do Verão, mas inferior ao do período homólogo de 2007.