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Campanha põe crianças a ensinar aos pais bons hábitos alimentares
15-12-2007
Público
  As crianças serão os próximos "grandes educadores das famílias" no que toca a hábitos alimentares, de acordo com o novo programa de combate à obesidade apresentado ontem pelo Ministério da Saúde. Em Janeiro, arrancará uma mega campanha em todo o país para sensibilizar e mobilizar a população para a adopção de estilos de vida saudáveis no sentido de reduzir a obesidade em Portugal.

   "Movimento Energia Positiva" é o nome do programa, que une Ministério da Saúde e Galp Energia numa operação que tenta mostrar aos mais novos como agir contra um flagelo que se tem vindo a agravar nos últimos anos, afectando já três em cada dez crianças portuguesas.

   "A abordagem do excesso de peso é uma urgência de saúde pública", defendeu o ministro da Saúde, António Correia de Campos, lembrando que este "não é um diálogo fácil" e que não é com comentários como "então seu gorducho, você não sabe comer menos?" que o problema se resolve.

   Por isso, uma das iniciativas de abordagem "positiva" ao tema é um "roadshow" pelas escolas: um autocarro colorido de dois andares vai visitar as escolas primárias de todo o país permitindo aos mais novos participar em actividades lúdicas e aprender comportamentos saudáveis.

   O programa surge numa época difícil de escapar à "chantagem dos mais novos" na hora de escolher o que comer e em que muitos pais acreditam que estão a dar uma "educação mais moderna" ao permitir o consumo diário de refrigerantes às refeições ou idas constantes aos famosos "fast-food".

   E é perante o cenário traçado que o ministro da Saúde acredita que "as crianças podem ser os grandes educadores das famílias". Uma posição defendida também pela responsável da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, presente na cerimónia de apresentação do programa. A ministra da Educação recordou o desenvolvimento e melhoria dos programas alimentares para as escolas mas também os entraves aos projectos governamentais em defesa de uma alimentação saudável.

   Maria de Lurdes Rodrigues lembrou a "guerra silenciosa" das escolas que diariamente tentam seduzir os alunos a optar pelo almoço das cantinas em vez das refeições oferecidas nos espaços comerciais situados nas redondezas.

   "O espaço envolvente entra em concorrência com a cantina da escola. Além de oferecerem produtos diferentes estão fora do recinto escolar", reconheceu a ministra, lembrando que para muitas crianças "a batata frita, o 'bolicao' e o rissol" é mais atraente que a refeição escolar. Por isso, defende, é preciso apostar na imagem das cantinas: "Estar meia hora na bicha da cantina é meio caminho andado para os alunos darem meia volta e irem embora".

   Tal como Correia de Campos, também Maria de Lurdes Rodrigues apontou o dedo aos pais, que são os "principais responsáveis pelos hábitos alimentares das famílias".


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