Relançar a discussão sobre o Estatuto da Criança e reorientar intenções no que respeita à proposta de criação do Provedor da Criança, foram apenas alguns dos desafios deixados, ontem, pela Associação "Ilhas em Movimento", durante a sessão pública que teve lugar durante a manhã nas Portas da Cidade.
A esse propósito, Ricardo Pacheco, presidente da associação, refere que "faz todo o sentido a existência da figura do Provedor da Criança", como um garante da defesa e salvaguarda dos "direitos absolutos da criança". Já no que respeita ao acompanhamento a dar às crianças vítimas de abuso, Ricardo Pacheco alerta para a necessidade desse tipo de apoio não cessar, por exemplo, pouco depois de terminaram os processos em tribunal. Uma visão partilhada por alguns dos pais que marcaram presença na concentração.
"Os abusos, sejam sexuais ou de outro tipo, podem deixar sequelas que nem sempre se manifestam no imediato. Por isso, considero muito importante a continuidade do acompanhamento psicológico", indicava Sandra Pacheco. Sónia Nicolau, outras das mães presentes, também partilha da opinião relativamente ao aperfeiçoamento de determinadas respostas em situações de abuso.