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Serotonina a menos origina morte súbita dos bebés
03-02-2010
DN Ciência
  A produção deficitária de um neurotransmissor chamado serotonina na zona do tronco cerebral (a parte do sistema nervoso central que liga o cérebro à medula espinal) pode estar associada à síndrome da morte súbita nos bebés até ao ano de idade.

A descoberta foi feita por médicos e investigadores do Children"s Hospital de Boston, nos Estados Unidos, e é publicada hoje no The Journal of the American Medical Association.

A morte súbita nos bebés tem desafiado desde há muito a medicina. Dramático, e até hoje inexplicável, este problema é desde há 20 anos objecto de investigação por parte de um grupo de médicos cientistas daquele hospital pediátrico. Comparando os níveis de serotonina em bebés vítimas daquela misteriosa síndrome com os níveis do mesmo neurotransmissor noutros bebés que morreram de outras causas, os investigadores acabaram por detectar a diferença.

No tronco cerebral, a serotonina tem por papel ajudar a regular algumas funções involuntárias do organismo, como a respiração, o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea durante o sono.

Os investigadores do hospital pediátrico de Boston, liderados pela neuropatologista Hannah Kinney, pensam que os níveis baixos de serotonina encontrados nos bebés vítimas de morte súbita podem estar na origem de uma desregulação daquelas funções. Dormindo numa posição de barriga para baixo, aqueles bebés estariam assim impossibilitados de mudar automaticamente a posição do rosto, caso estivessem a respirar mal, uma vez que aquela função estaria desregulada.


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