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Roupa especial ajuda crianças com deficiências
17-09-2012
Diário Digital
  Uma roupa especial em desenvolvimento na UEPA (Universidade do Estado do Pará) tem estado a ajudar crianças com deficiências neuromotoras a aprender a movimentarem-se e a ter uma postura correcta.

Esse tipo de roupa já é fabricado no estrangeiro, mas a comercialização no Brasil esbarra no preço: 2.000 reais.

O que difere na universidade paraense é o uso de material de baixo custo para produzi-la a 600 reais. Nesse valor está incluído o material, a mão-de-obra e o pagamento a um profissional que fará os ajustes ao corpo do utilizador.

Os primeiros modelos devem ficar prontos ainda este ano e serão destinados para crianças de até oito anos. A produção comercial, porém, só deve começar em 2013.

A universidade está em negociações com uma empresa paulista interessada no negócio.

A roupa está a ser testada em crianças com deficiência neuromotora da Unidade de Referência Especial em Reabilitação Infantil, em Belém.

Uma delas é Rafael, de dois anos, que tem paralisia cerebral e, por isso, apresenta dificuldades em movimentar-se e manter a postura correcta. Com a roupa, ele tem postura mais firme e, auxiliado por fisioterapeutas, caminha com mais facilidade.

O projecto é da investigadora Larissa Prazeres e faz parte do Núcleo de Desenvolvimento em Tecnologia de Assistência e Acessibilidade (Nedeta), da universidade. A instituição recebeu 300 mil reais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para desenvolver essa e outras pesquisas de acessibilidade.

A roupa biocinética, como foi baptizada, possui anéis de metal localizados nas regiões de alguns músculos, como joelhos, tronco e bacia. Ela fica justa no corpo e, com isso, corrige a postura. Os anéis metálicos suprem a força que o músculo não tem. Assim, ajudam a executar movimentos e passam ao cérebro informações neuro-sensoriais.

"É como um computador: vai enviando mensagens correctas para o cérebro, o corpo ajusta-se, e o cérebro apaga as mensagens incorrectas", explica Ana Irene de Oliveira, coordenadora do Nedeta.

Com o tempo, o cérebro vai assimilando os movimentos correctos para que a roupa deixe de ser necessária. A ideia é que ela seja usada diariamente, num trabalho conjunto ao do fisioterapeuta.


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