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Mais de 400 crianças pediram ajuda telefónica por situação de perigo ou maus tratos
23-08-2012
Público
  Mais de 400 crianças pediram este ano ajuda telefónica ao Instituto de Apoio à Criança (IAC), por se encontrarem em situação de perigo ou por existência de maus tratos físicos na família.

Este serviço do IAC, que tem como princípio básico ouvir e dar voz à criança e ao jovem, recebeu, desde o início do ano até agora, 2222 chamadas, 11% das quais relacionadas com crianças em situação de perigo e 9% por maus tratos físicos na família, divulgou esta quarta-feira o instituto.

O IAC destaca ainda as chamadas feitas por crianças que sentem necessidade de desabafar e de falar sobre si próprias (12%), assim como os apelos relacionados com negligência (9%).

A juntar aos dados da linha estão os casos sinalizados aos gabinetes de apoio ao aluno e à família, no ano lectivo 2011/2012.

De acordo com os dados do IAC, foram sinalizados 3610 alunos, o que representa oito por cento do total dos 40.062 alunos que integram os 30 agrupamentos de escolas analisados.

Segundo o relatório de actividades 2011/2012 da Rede de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), a maioria dos alunos (31%) pertence ao primeiro ciclo, seguindo-se o terceiro ciclo (28%) e o segundo ciclo (27%).

Os rapazes constituem a maioria (55%) dos alunos encaminhados, o que poderá estar relacionado com "algum determinismo biológico e alguma modelação social e cultural", que os leva a exteriorizar mais facilmente a sua agressividade do que as raparigas.

Os dados indicam que foram identificadas 5742 situações - uma média de 1,6 por aluno sinalizado -, das quais 3304 relacionadas com problemáticas escolares, e 2438 com problemas de comportamento.

Mais de metade das situações (58%) relaciona-se com problemas escolares: desmotivação (14%), fraco aproveitamento escolar (14%), absentismo escolar (11%), dificuldades de aprendizagem (11%), retenções recorrentes (5%) e abandono escolar (3%).

Os problemas de comportamento abrangem 42% dos casos, dos quais 11% na sala de aula, 8% no pátio, 8% participações disciplinares, 6% agressividade, 5% violência verbal e 4% violência física.

O relatório analisou a "problemática individual", a nível de "comportamentos desviantes, "exposições a situações de risco", "problemas de saúde" e ainda 21 casos de gravidez na adolescência e 32 problemas de legalização.

As situações de risco são as mais prevalentes (1.993 num total de 3.448 problemáticas assinaladas), sendo as mais relevantes a negligência escolar e a negligência afectiva (ambas com 12%).


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