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Saiba como ensinar as crianças a lidar com o dinheiro
19-06-2011
Económico
  BBVA aposta num projecto para ensinar às crianças o valor do dinheiro. Um passo fundamental para formar adultos mais responsáveis financeiramente.

Saber que o dinheiro pode comprar uma bola de futebol, mas não o amigo com quem se joga é um dos objectivos do programa ‘Valores de Futuro' que o BBVA estreou este ano em mais de 800 escolas básicas do País. No entanto, este plano "não resulta de uma preocupação com a crise, visto que começámos a desenvolvê-lo em 2005, após as recomendações da OCDE", explicou ao Diário Económico o administrador delegado do BBVA em Portugal, Alberto Charro.

A principal meta desta iniciativa, que implicou um investimento global de 26 milhões de euros em Portugal, Espanha, México, EUA e América do Sul, é apoiar a educação financeira, esperando que esse aumento de literacia se reflicta numa melhoria da situação actual e futura das crianças que hoje a recebem, explicam os responsáveis do projecto.

O programa elaborado em conjunto com a PAU - Education (uma entidade privada que dá apoio às empresas no desenvolvimento de projectos educativos) e com o conhecimento do Banco de Portugal, da CMVM e do Ministério da Educação, contou, em Portugal, com a adesão de mais de 100 mil alunos que desde Outubro aprenderam e prepararam projectos sobre os ‘Valores de Futuro'. No passado dia 8 de Junho as 15 escolas finalistas encontraram-se na sede do BBVA, em Lisboa, para a grande final. O júri, composto por representantes do BBVA, da Unesco, da agência Lusa e da PAU-Education, escolheu não uma mas duas turmas vencedoras "devido à qualidade dos trabalhos", notou Alberto Charro.

As alunas do 7.º ano da Escola E.B. 2,3 de Fânzeres, Porto, elaboraram um livro onde, para além de dar dicas de boa gestão - "Contar o dinheiro que se tem e se pode gastar"; "No banco pôr a render e nada de no colchão esconder" - ainda responderam à pergunta: ‘Se o dinheiro fosse um animal, qual seria?'. Os alunos do 5.º D na Escola Maria Manuela de Sá, de São Mamede de Infesta realçaram a importância de tudo aquilo que não é possível adquirir com dinheiro. Para esta turma do 5.º ano, os ‘Valores do Futuro' são sobretudo a escola, a família e o cuidado com a natureza. Quanto ao dinheiro, é preciso "usá-lo em coisas prioritárias como a educação e a saúde". E terminaram com uma certeza: "Se edificarmos a vida nestes alicerces seremos de certeza valores de futuro".

Foram estes os projectos que mereceram a preferência do júri e que levaram para as suas turmas um computador portátil por cada aluno. No entanto, o mais importante é que os alunos "tenham deixado de olhar para o dinheiro como uma coisa física e entendido que ele está sempre associado a tempo, a trabalho", afirmou no final do evento o responsável da instituição financeira.

Um desejo que tinha ficado bem presente no seu discurso de abertura, onde Alberto Charro explicou às crianças e adolescentes presentes que "se o dinheiro fosse infinito não haveria problema. Mas para o conseguir temos que trabalhar e fazer por merecê-lo, sendo que o dinheiro não é um fim em si mesmo", avisou.

Em resposta, os alunos responderam com analogias que mostram quão bem os conceitos foram apreendidos: "Se o dinheiro fosse um objecto, seria um pião. Porque faz girar o mundo", explicaram as crianças do 6.º ano da E.B. 2,3 João Villaret, de Loures. Já a turma de Informática da E.B. 2,3 de Unhos, em Lisboa, concluiu, em jeito de resumo que "sem trabalho não há poupança e sem poupança não é possível rentabilizar os ganhos, investindo ou comprando o necessário, nos momentos mais vantajosos". Conselhos de crianças que Alberto Charro acredita que "terão reflexo imediato nos pais", o que permite, no curto e no médio prazos - e no longo, aquando da vida adulta dos alunos que participaram no projecto - ter "consumidores mais conscientes do que fazem e, consequentemente, um País com menos problemas financeiros".


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